Não tem como falar de
autoras inspiradoras e não mencionar Virginia Woolf. A primeira vez que ouvi o
nome dela foi com um professor de literatura que dizia que o hamster dele tinha
esse nome; fiquei, então, curiosa para saber quem era a mulher por trás daquele
nome, lógico. E, assim, fui pesquisar.
E digo a vocês que é
muito difícil pesquisar sobre a Virginia (minha amigona do peito) e não
arregalar os olhos; difícil não ficar admirada. Então, decidi trazer um pouco
sobre ela para que vocês também tenham essa mesma sensação.
Nascida em 1882, em
uma casa com pais legais (a mãe era enfermeira e escreveu um livro sobre, o pai
era historiador), já nova Virginia começou a escrever. Fez um jornal sobre sua família,
ao qual ela chamava de “Hyde Park Gate News”; se aproximou da literatura,
através dos estudos que tinha em casa. E, aos trinta e três anos, publicou sua
primeira obra: “A Viagem”. Depois disso, Virginia deslanchou. Publicou mais
oito romances, vários contos, ensaios, diários e cartas. Enfim, logo se tornou
uma autora renomada.
Ela era incrível,
sim. Mas não só suas obras me encantam nessa mulher. A vida de Virginia, como
mulher e escritora, não foi fácil. Foi abusada por dois de seus meios- irmãos
ainda na infância, como relatou em “A
Sketch of the Past; foi feminista assumida. Escrevia ensaios sobre feminismo,
sobre autoras, sobre mulheres; participou de movimentos feministas da época, e
falava sem ter medo de ser crucificada por suas opiniões. Havia, também, um
lado conturbado em sua vida. Teve depressão, considerada uma “doença dos nervos”
na época. Casou-se com Leonard, por quem nutria um amor sincero. E, por fim,
suicidou-se.
Uma história trágica,
mas que não passou em branco; Virginia, com toda a sua determinação, força, e,
claro, talento, abriu espaço para muitas mulheres que vieram depois dela. Com
seus textos, expos a sua opinião sem medo ou vergonha. Para mim, uma modelo a
ser seguida.
Para terminar, deixo
aqui uma frase que particularmente adoro:
A indiferença do mundo, que Keats, Flaubert e outros homens geniais achavam tão difíceis de suportar, não era, no caso dela, indiferença, mas hostilidade. O mundo não dizia a ela, como dizia a eles: 'Escreva se quiser, não faz a difereça para mim'. O mundo dizia, gargalhando: 'Escrever? O que há de bom na sua escrita?- Um teto todo seu, p. 78.
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