Conheci
Katherine Mansfield também na faculdade – como muitas autoras que amo hoje em
dia -, com seu conto “A casa de boneca”. Foi apenas um conto, mas foi o
suficiente para poder prender minha atenção e me fazer ter vontade de procurar
por mais.
Katherine
nasceu na Nova Zelândia, em 1888, em uma família abastada. Passou um tempo na Inglaterra,
por causa do trabalho do pai, e lá estudou na Queen’s College; também lá conheceu uma grande amiga, Ida Baker.
Infelizmente, teve que voltar para a Nova Zelândia, onde começou a escrever
histórias. Voltou, mais tarde, para Londres sozinha.
E
aí que as coisas ficam interessantes em sua vida. Não é muito difícil ler sobre
a vida de algumas autoras e descobrir que não só suas personagens são incríveis.
Katherine tinha um estilo de vida boêmio, pouco convencional. Engravidou,
casou-se e deixou o homem no mesmo dia, e foi mandada para a Alemanha para ter
a criança. Sofreu um aborto, escreveu as suas primeiras histórias que foram
publicadas, e voltou para Inglaterra.
Uma
vida um tanto agitada, se pararmos para pensar como as coisas funcionavam
naquela época. Katherine inclusive chegou a ser amiga e rival de Virginia Woolf
- ambas participavam do mesmo grupo de artistas. Com toda essa experiência, não
é de se surpreender que suas personagens sejam mulheres que tem um estilo parecido
com o seu; mulheres que pensam por si próprias, que são artistas, mães,
esposas, mas, ao mesmo tempo, livres.
Com
tudo isso, entendemos que Katherine foi uma artista a frente de seu tempo; era mulher,
sabia que, por causa disso, muitas coisas eram esperadas de si. No entanto,
Katherine sempre se manteve fiel a suas convicções e ideais.
Como
ela mesmo diz, “Eu quero ser tudo que sou capaz de me tornar.” E foi.
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